sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O Renascimento Cultural

O Renascimento Cultural e o Humanismo

O Renascimento originou-se na Itália, em Florença no final do século XIV. Com o tempo, se espalhou por toda península Itálica e o restante da Europa.Embora não tenha se manifestado da mesma forma em todos os lugares,   há elementos comuns que marcaram as diversas expressões do movimento renascentista.

Os pensadores renascentistas questionaram muito do que havia formado-intelectual e espiritualmente-o homem medieval. Embora jamais tenham questionado a existência de Deus, desprezaram, por exemplo, a ideia de que todo acontecimento era fruto da vontade divina, ou seja, se opuseram a cultura teocêntrica.

Passaram a defender a ideia de que o homem era capaz, com esforço e vontade, de modificar sua vida, independentemente da vontade de Deus.Viram isso no exemplo do burguês (comerciante), que, a partir do seu esforço, conseguira enriquecer. Perceberam que o servo fugitivo poderia livrar-se do senhor feudal e transformar seu destino, tornando-se um homem livre da cidade. 

Foi dessa forma que, no Renascimento, o homem e a realidade que o cercava passaram a ocupar o centro das atenções dos estudos. Por isso, dizemos que a cultura renascentista é antropocêntrica.

Esse novo ponto de vista, incompatível com o modo de vida  feudal, fez com que os renascentista chamassem o anterior período de mil anos da idade das trevas. A ideia defendida era a de que o Renascimento teria retirado a Europa de um estágio de profundo sono.

A fonte de inspiração do home, renascentista foi o mundo greco-romano. O objetivo não era copiar as obras  da Antiguidade, mas produzir uma nova cultura- expressa em diversas áreas- à maneira antiga.

O humanismo

O Humanismo foi um movimento cultural europeu que se desenvolveu entre os séculos XV e XVI. Seu surgimento esteve ligado ao renascentismo e ao fortalecimento socioeconômico da burguesia. Disseminou-se para outros países como França, Inglaterra, Holanda, Portugal, Espanha.

Erasmo de Roterdã


Conhecido como Erasmo de Roterdã (ou Rotterdam), Desidério Erasmo foi, em seu tempo, um dos maiores críticos do dogma católico romano e da imoralidade do clero. Mas não deixou de atacar também o movimento protestante de Lutero. Professor de Língua Grega na Universidade de Oxford, na Inglaterra, ele percorreu as principais universidades da Europa.

Pouco se sabe ao certo sobre sua família. Há informações de que era filho ilegítimo de um padre chamado Gerard com uma mulher conhecida apenas como Margareth, ambos vítimas da peste de 1483.
Erasmo teve a melhor educação possível em seu tempo, em mosteiros religiosos. Chegou a ser admitido como monge aos 25 anos, mas nunca exerceu o sacerdócio.

Estudou na Universidade de Paris (Sorbonne), que começava a receber a influência da cultura clássica renascentista vinda das cidades-Estado italianas, onde esteve entre 1506 e 1509.

Sua principal obra, o Elogio da loucura (1509), defendia a tolerância e a liberdade de pensamento e denunciava as ações da Igreja. Seus livros em latim, grego, holandês, inglês, francês e italiano atraíam leitores por toda a Europa. Perseguido por suas idéias, o pensador procurou refúgio na Basiléia suíça, onde estava rodeado de amigos e pôde expressar-se livremente, associado ao grande editor Froben.

Em 1516, Erasmo publicou uma nova edição e tradução para o latim do Novo Testamento, feita a partir dos manuscritos originais. Esse trabalho, editado com anotações do tradutor, serviu de base para os estudos da Bíblia produzidos pelos protestantes durante a Reforma. O Novum Instrumentum omne, diligenter ab Erasmo Rot. Recognitum et Emendatum foi dedicado ao papa Leão X. Na segunda edição, o termo Testamentum foi usado em vez de Instrumentum. O termo ficou mais familiar porque foi usado pelos tradutores da versão da Bíblia do rei James, da Inglaterra.

Erasmo foi chamado a tomar partido entre Martinho Lutero e a Igreja Católica, mas se recusou. Ele tinha uma simpatia pelos pontos principais da crítica luterana à Igreja, mas não quis se comprometer e disse que não era um inimigo do clero. Como resultado, Erasmo viu-se em conflito com ambas as grandes facções religiosas.

Durante a sua vida, as autoridades da Igreja católica nunca o chamaram a justificar as suas opiniões. Após a sua morte, porém, a Igreja católica romana colocou seus escritos no Index librorum prohibitorum, uma lista de livros proibidos pela Igreja.



Fonte:http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_962.html

Pinturas renascentistas

A Pintura Renascentista


O desenvolvimento da pintura renascentista pode ser estudado através de dois momentos: a fase pré-renascentista e a fase caracterizada pela obra dos grandes gênios do Renascimento.


Rubens, O Rapto das filhas de Leucipo


Masaccio (1421-1428), estudioso de anatomia e responsável pela introdução das sombras e da perspectiva nas pinturas, criando a impressão de volume e de tridimensionalidade.


O tributo da moeda


Piero della Francesca (1416-1492), defensor da perspectiva científica e cujos personagens pareciam esculturas.


Retrato de Federico Montefeltro


Sandro Botticelli (1444-1510), considerado o último dos pré-renascentistas, inspirou-se na mitologia da Antigüidade e associou a estética greco-romana ao universo religioso cristão.


O nascimento da Vênus


No auge do Renascimento, durante os séculos XV e XVI, destacam-se artistas polivalentes considerados gênios da Humanidade.

Leonardo da Vinci (1452-1519), pintor, escultor, arquiteto e cientista, perseguiu o objetivo de atingir a verdade através de experiências. Por esse motivo, encarava a obra de arte como um exercício, que era muitas vezes abandonado ao se definir uma solução. Dentre suas pinturas destacam-se A Santa CeiaA Virgem dos Rochedos e A Gioconda (Mona Lisa).

Michelangelo (1475-1564), arquiteto, pintor e escultor, destaca-se por pinturas monumentais como o teto da Capela Sistina, no Vaticano.


O pecado original e a expulssão do Paraíso



A criação de Adão


Rafael (1483-1520), por sua vez, é considerado o maior pintor do Renascimento, aliando a harmonia à dramaticidade e empregando cores, formas e volumes com equilíbrio.


Santa Catarina de Alexandria



A Escola de Atenas

Na pintura renascentista as figuras eram dispostas numa composição estritamente simétrica, a variação de cores frias e quentes e o manejo da luz permitiram criar distâncias e volumes que pareciam ser copiados da realidade. A reprodução da figura humana, a expressão de suas emoções e o movimento ocuparam lugar igualmente preponderante. Os temas a representar continuavam sendo de caráter estritamente religioso, mesmo que, com a inclusão de um novo elemento a burguesia, que queria ser protagonista da história do cristianismo. Não é de admirar, portanto, que as pessoas se fizessem retratar junto com a família numa cena do nascimento de Cristo, ou ajoelhadas ao pé da cruz, ao lado de Maria Madalena e da Virgem Maria.

Até mesmo os representantes da Igreja se renderam a esse curioso costume. Muito diferentes no espírito, embora nem por isso menos valiosos, foram os resultados obtidos paralelamente nos países do norte. Os mestres de Flandres, deixaram de lado as medições e a geometria e recorreram à câmara escura, também conseguiram criar espaços reais no plano, embora sem a precisão dos italianos. A ênfase foi colocada na tinta (foram eles os primeiros a utilizar o óleo) e na reprodução do natural de rostos, paisagens, fauna e flora, com um cuidado e uma exatidão assombrosos, o que acabou resultando naquilo a que se deu o nome de Janela para a Realidade.

O artista do Renascimento não via mais o homem como simples observador do mundo que expressava a grandeza de Deus, mas via como a expressão mais grandiosa do próprio Deus. E o mundo era pensado como uma realidade a ser compreendida cientificamente, e não apenas admirada.

O Renascimento Italiano se espalhou pela Europa, trazendo novos artistas que nacionalizaram as idéias italianas. Foram eles: Dürer, Hans Holbein e Bruegel.


fonte:http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/historia/historia_da_arte/renascimento_cultural/hist_arte_2_renascimento_pintura

Arquitetura renascentista


 arquitetura renascentista  representou, depois da modalidade românica, um momento de rompimento nahistória da arte arquitetônica, nos seus mais diversos aspectos, ou seja, nos recursos utilizados por esta esfera no âmbito da criação; nos seus meios de expressão e no seu corpo teórico.


Palácio de Frederiksborg, Dinamarca.
Este estilo predominou no continente europeu ao longo dos séculos XIV, XV e XVI, no contexto caracterizado pelo movimento conhecido como Renascimento, que inovou especialmente nos campos cultural e científico. Não é à toa que uma das principais marcas desta arquitetura seja uma distribuição espacial matemática das edificações. Elas são dispostas de modo que as pessoas entendam a lei que as regem e estruturam, seja de onde for que as vejam.
Os arquitetos, neste período, investem-se de uma autonomia cada vez maior, adotando um estilo individual. Eles são fortemente influenciados pelo Classicismo, particularmente pela criação arquitetônica desta época, respeitada como o padrão mais primoroso de todas as produções artísticas e até mesmo da existência humana.
Esta arquitetura primou especialmente pelo resgate da Antiguidade Clássica. Ela procurava aliar a visão de mundo cristã com este universo considerado pagão pela Igreja. Era fundamental que esta opção artística procurasse agradar esta instituição, pois o Renascimento destacava-se especialmente na Itália, marcada claramente pela presença do Vaticano.
Assim, tudo que pertencia ao mundo antigos dos gregos e romanos era aproveitado na concepção arquitetônica renascentista – a busca da Beleza mais perfeita, a disposição ordenada dos elementos de um prédio, a tradução da esfera das idéias nas linhas dos edifícios, os arcos de volta-perfeita, a influência da composição formal da Natureza, vista como modelo de perfeição, a singeleza das obras, a forte presença dos aspectos humanistas, a utilização sistemática da perspectiva, entre outros elementos.

Scuola Grande di San Marco, Veneza.
Neste momento artístico as Artes se revelam esferas livres, agindo por conta própria; assim, a escultura e a pintura atuam independentemente da arquitetura. Basicamente ela se enraíza em dois alicerces importantes – o Classicismo e o Humanismo. Embora este estilo não tenha se libertado completamente das concepções e costumes da Era Medieval, ele busca incessantemente o desligamento da arte medieval.
As principais edificações deste período são igrejas, residências construídas no perímetro externo da cidade, fortalezas que assumiam um papel bélico, entre outras. O arquiteto mais conhecido desta época é Brunelleschi, que ao mesmo tempo atuava nos campos da pintura, da escultura e da arquitetura. Além disso, também conhecia bem a Matemática e a Geometria, e era um especialista na compreensão da produção poética de Dante Alighieri. Entre suas obras principais estão a cúpula da Catedral de Florença e a Capela Pazzi.
Fonte:
http://www.infoescola.com/artes/arquitetura-renascentista/




Michelangelo



Miguel Ângelo di Lodovico Buonarroti Simoni, nasceu na cidade de Capresse, Itália, no dia 6 de março de 1475. Porém, o artista passou parte de sua infância e adolescência na cidade de Florença.
Na Escola de Lorenzo de Medici, Michelangelo permaneceu por 2 anos (1490 a 1492). Em Florença, recebeu influências artísticas de vários pintores, escultores e intelectuais da época, já que a cidade era um grande centro de produção cultural.
Foi morar em 1492 na cidade italiana de Bolonha, logo após a morte de Lorenzo. Ficou nesta cidade por 4 anos, já que em 1496 recebeu um convite do cardeal San Giorgio para morar em Roma. San Giorgio tinha ficado admirado com a escultura em mármore Cupido, que havia comprado do artista. Nesta época, criou duas importantes obras, com grande influência da cultura greco-romana: Pietá e Baco. Ao retornar para a cidade de Florença, em 1501, cria duas outras obras importantes: Davi (veja imagem acima) e a pintura a Sagrada Família.
No ano de 1503, o artista recebeu um novo convite vindo de Roma, de Júlio II. Foi convocado para fazer o túmulo papal, obra que nunca terminou, pois constantemente era interrompido por outros chamados e tarefas. Entre os anos de 1508 e 1512 pintou o teto da Capela Sistina no Vaticano, sendo por isso comissionado por Leão X (veja abaixo a definição de mecenas). Neste período também trabalhou na reconstrução do interior da Igreja de São Lourenço em Florença.
Entre os anos de 1534 e 1541, trabalhou na pintura O Último Julgamento, na janela do altar da capela Sistina. Em 1547 foi indicado como o arquiteto oficial da Basílica de São Pedro no Vaticano.
Morreu em 18 de fevereiro de 1564, aos 89 anos de idade na cidade de Roma. Até os dias de hoje é considerados um dos mais talentosos artistas plásticos de todos os tempos, junto com outros de sua época como, por exemplo, Leonardo da Vinci, Rafael Sanzio, Donatello e Giotto di Bondone.
* Mecenas = pessoas ricas e poderosas da época que investiam nas artes como forma de conseguir reconhecimento e status perante a sociedade. Geralmente eram príncipes, burgueses, bispos, condes e duques. Foram importantes para o desenvolvimento das artes plásticas e da literatura na época do Renascimento Cultural, pois injetaram capital nesta área. A burguesia, classe social em ascensão e que lucrava muito com seu trabalho voltado para o comércio, viu no mecenato uma forma de alcançar o status da nobreza.
Relação das principais obras de Michelangelo:
- Afrescos do teto da Capela Sistina
- A criação de Adão
- Julgamento Final
- Martírio de São Pedro
- Conversão de São Paulo
- Cúpula da Basílica de São Pedro
- Esculturas: Davi, Leda, Moisés e Pietá
- Retratos da família Médici
- Livro de poesias: Coletânea de Rimas
- A Madona dos degraus (relevo)

Frases de Michelangelo:
- "O amor é a asa rápida que Deus deu à nossa alma para que ela voe até o céu."
- "Bem vindo é o sono, mais bem vindo o sono de pedra
Enquanto crime e vergonha continuam na Terra; Minha sorte feliz, não ouvir ou ver; Não me acordem - por piedade, sussurem baixo."




fonte:http://www.suapesquisa.com/michelangelo2/

Escultura e literatura




Pietá



David


Literatura

O Renascimento surge entre os séculos XIV e XVII na civilização europeia, com a intenção de reviver a literatura clássica greco-romana. 
Durante o período renascentista várias mudanças ocorreram. A princípio, a denominação deste movimento cultural propõe uma ressurreição do passado clássico, fonte de inspiração e modelo seguido. 

Logo, o homem é valorizado, bem como a natureza, pois é concreta e visível. O humanismo e antropocentrismo se despontam em oposição ao teocentrismo, ao divino, ao sobrenatural. 

O ser humano começa a se vangloriar por sua razão, por sua capacidade de raciocínio, por seu cientificismo. 
Logo, todas as formas de arte refletem esse ideário: a literatura, a filosofia, a escultura e a pintura. 
Nessa última destacam-se: Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael e Botticelli. 

A nova realidade econômica, com a decadência do feudalismo e ascensão do capitalismo, por si só, exigiu uma reformulação na arte. Afinal, os burgueses começavam a frequentar universidades e as grandes navegações aceleravam ainda mais o processo cultural através do comércio. 

Enquanto isso, os autores humanistas italianos se despontavam: Dante Alighieri, Francesco Petrarca e Giovanni Boccaccio. 
Contudo, os autores tipicamente renascentistas são portugueses: Sá de Miranda, Antônio Ferreira e Luís de Camões. 

A literatura tenta recuperar a Antiguidade Clássica através da retomada de seus modelos artísticos. Assim, a busca pela perfeição estética e a pureza das formas, trazem de volta os sonetos, a ode, a elegia, a écloga e a epopeia, inspirados em Homero, Platão e Virgílio.